49 days

Ji Hyun é uma mulher mimada, de boa família, que estava prestes a se casar e acreditava que sua vida era perfeita. Então ela sofre um acidente de carro e entra em coma. Entre a vida e a morte, lhe é dada a opção de encontrar três pessoas que chorem verdadeiramente por ela em 49 dias, sem ser da família, para que assim, ela possa acordar do coma e viver. Para isso, ela poderá utilizar o corpo de Song Yi Kyung, enquanto esta estiver dormindo. Ela conta ainda com a ajuda do programador (que é tipo um anjo da morte).

Quando eu li a sinopse da história em alguns lugares, eu não me interessei. Pensei que fosse muito fantasioso para a minha cabeça. Mas em todos os blogs e uma amiga e um amigo meu diziam que era muito bom, então, eu baixei. Mas deixei para assistir depois que eu terminasse de ver os doramas com o Jang Geun Suk. 
Ao terminar de assistir o primeiro episódio, diferente de muitas pessoas, eu não fiquei ansiosa para ver o segundo. A história não tinha me prendido. Mas mesmo assim, eu assisti o segundo. E o motivo de eu ter assistido ao segundo episódio foi o programador (scheduler). Esse personagem me cativou logo no primeiro episódio de um jeito que... Acho que nenhum outro personagem de dorama me cativou com tanta rapidez. 

49 days foi bem estruturado e bem trabalhado, mas como não era um dorama de ação, não me prendeu facilmente. Eu me peguei viciada e devorando os episódios a partir do décimo. Pois até então, eu só estava assistindo por amor e devoção ao programador e também pelo Han Kang.

Não vou contar muito sobre o enredo e o desenrolar da história, pois qualquer spoiler é prejudicial. A graça do dorama está justamente no fato de ser imprevisível. 

Embora tenha tido algumas "falhas" no enredo, como por exemplo, o motivo dos vilões para fazerem o que fizeram ser fraquíssimo e o Han Kang não ter convencido em nada nos flashbacks ser um adolescente, eu considero 49 days o melhor dorama que eu já vi. 

A atriz Lee Yo-won realmente deu um show de atuação. Realmente dava para saber quando ela era a Song Yi Kyung e quando era a Shin Ji Hyun. A atriz Nam Gyu-Ri ganhou minha afeição e simpatia. Embora eu tenha amado o Han Kang (Jo Hyeon-jae) e tenha me apaixonado pelo Scheduler (Jung II Woo), o personagem que eu mais amei foi o Kang Min Ho. Mesmo sendo o vilão da história, ele ganhou minha admiração. Eu realmente me apaixonei, não por o vilão ter sido bem interpretado pelo Bae Su-bin, mas por ele ter sido um dos vilões mais humanos que eu já vi em doramas e seriados e livros e o diabo a quatro. Eu me compadeci por ele no final, só Deus sabe o quanto ele me fez chorar. 49 days retratou muito bem o fato de todos nós termos um lado bom e mau. Aliás, 49 days nos faz refletir de uma forma unica a nossa existência, a nossa vida. Nos faz refletir como nós somos capazes de enganar e sermos enganados. Como nós somos cegos, como muitas vezes quem a gente pensa que nos ama, não nos ama. E quem a gente acha que não nos ama, nos ama. Me fez refletir muito sobre a fragilidade da vida e das relações. 

Os episódios finais de 49 days são imprevisíveis. Talvez o melhor desfecho de uma história. Mesmo sendo um desfecho que desagradou à muitos, pois estamos todos mal acostumados com finais felizes e utópicos. Mas eu gostei, pois foi um final digno, real. E foi um final feliz, apesar de não ter parecido. Eu confesso que chorei ao ponto de soluçar com 49 days e eu nunca tinha chorado desse jeito por uma história. E eu confesso que chorei por quase meia hora depois de ter terminado de assistir. Por isso, assistam e não tenham medo de chorar. É um drama que faz a gente chorar muitas vezes, mas que vale a pena todas as lágrimas.


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