Nathan e Lucas são dois meio irmãos que só tem em comum o pai Dan Scott e o dom para jogar basquete. Nathan foi criado como o queridinho do papai e sempre teve de tudo, ele é ídolo do time de basquete e o garoto mais popular da escola, enquanto o solitário Lucas foi criado por sua mãe Karen e pelo tio paterno Keith, com muita dificuldade e, apesar de ser um execelente jogador de basquete, só joga por diversão. O destino faz com que as vidas dos dois se cruzem e Lucas tem a chance de jogar novamente no time do colégio, o que provoca a raiva de Nathan e do seu pai que não quer que nada ou ninguém venha atrapalhar a trajetória profissional que ele sonhou para si no passado e agora traçou para o seu filho. A disputa entre os garotos não vai ser apenas pelo controle da quadra de basquete, mas também pelo amor da bela Peyton, uma líder de torcida e atual namorada de Nathan.
Fica até difícil começar a escrever sobre esse seriado que me marcou tanto ao longo das nove (9) temporadas. Não teve um só episódio que não me fizesse chorar. E olha que eu sou extremamente difícil pra chorar, minhas amigas até me chamam de insensível por isso. Mas o que dizer dessa série televisiva que me fez derramar tantas lágrimas? Por onde começar?
Lembro que passava no SBT e às vezes, eu assistia partes de episódios, mas nunca me chamava atenção. E ainda achava os personagens feios (eu gosto de personagens bonitos, fazer o que?). Porém, quando eu comecei a assistir seriados como Gossip Girl e Supernatural, eu via muitos comentários positivos a cerca de One Tree Hill. Juntou isso ao fato de que meu avô tinha gravado todas as temporadas que existiam na época em DVD. Aí eu aproveitei. Assisti ao primeiro episódio e gostei. Devo ter devorado os quatro primeiros episódios, porque outro motivo pelo qual eu resolvi dar uma chance à OTH tinha o nome de Sophia Bush (Brooke Davis). Eu já a tinha visto em episódios do SBT e ela foi a unica que me chamou atenção. Bom, eu sei que eu devorei One Tree Hill em pouco tempo. E nesse pouco tempo eu conheci amigos que também amavam OTH assim como eu. Até hoje quando eu encontro alguém que ame OTH, eu me empolgo. Pra mim, One Tree Hill é o melhor seriado dramático de todos os tempos. Pois levantava questões comuns à tantas pessoas de uma forma tão sensível e impactante, que era impossível não se identificar com algo e não chorar. Sem contar que é uma das histórias com personagens mais cativantes, fortes, profundos e humanos que eu já vi.
Quando comecei a assistir, a sétima temporada ainda estava sendo gravada e sendo lançados os episódios nos Estados Unidos e também no Brasil. Lembro quando os protagonistas Lucas e Peyton deixaram o seriado e eu achava que ia ficar uma merda sem eles. Mesmo assim, continuei assistindo e continuei amando. E o motivo de eu ter continuado amando possui o nome de Brooke Davis, que é de longe, a minha personagem dentre todas as séries, preferida. Quando o casal principal saiu, eu achei que fosse perder a graça, a essência. Mas que nada! Pra mim, a essência do seriado sempre foi a Brooke. Em parte, eu sempre me identifiquei com ela e sempre almejei ser como ela na fase adulta.
Algumas cenas e coisas me marcaram em One Tree Hill. A trilha sonora é uma delas. Eu amava! Agradeço à Peyton por ter chamado Jack's Mannequin para tocar no Tric. Outra coisa marcante, não só pra mim, mas pra série inteira, foi a morte do Jimmy Edwards, que teve uma repercussão durante todas as outras temporadas que se seguiram... Mas o motivo dessa repercussão toda, nem era exatamente a morte do garoto e sim o fato de Dan (o grande vilão da história e pai do Lucas e do Nathan) ter matado seu próprio irmão, Keith. Nunca fui muito fã do Keith, sempre preferi o Dan, mas não deixa de ser uma cena que te faz se debulhar em lágrimas. Enfim, são tantos acontecimentos marcantes, que fica difícil escrever sobre todos.
Agora além de acontecimentos marcantes, têm os personagens marcantes! Vou falar de um por um, mas não vou conseguir citar todos.
Lucas Scott. Durante seis temporadas, ele foi o protagonista, fazendo par romântico com a Peyton. Se antes eu não achava os personagens de OTH bonitos, depois que eu comecei a assistir, eu comecei a enxergar a beleza do Chad Murray (Lucas Scott). Amava as citações dele ao final de cada episódio, torcia pra que ele e a Brooke ficassem juntos no final e achava a coisa mais linda a amizade dele com a Haley. Eles eram amigos à cima de tudo e graças a Deus não estragaram tudo fazendo eles terem algum tipo de romance. Eles eram a prova de que homens e mulheres podem ser apenas amigos. Embora ele não fosse meu personagem favorito, pra mim, Chad Murray e Sophia Bush representam One Tree Hill nas primeiras temporadas.
Brooke Davis. Sem sombra de dúvidas, a personagem mais amada do seriado. Nunca ouvi ninguém dizer que não ama essa garota. Justo ela, que no início, nem fazia parte do elenco regular. Ela, que era a típica garota popular, líder de torcida, vadia, que a gente sempre odeia em filmes e seriados americanos. Parte de mim se identificava com ela e a outra parte admirava e queria ser como ela. Eu gosto de tudo em Brooke Davis. Desde as roupas, até a forma como ela cresceu ao longo das temporadas. A personagem foi muito bem trabalhada. Ela era uma garota cheia de problemas familiares, amorosos, estava longe de ser uma aluna exemplar, mas nunca se deixou abater. Sempre foi forte, sempre foi firme em suas decisões. O mundo de Brooke podia estar desabando, mas ela dava um jeito de se reerguer. Ela tinha todos os motivos do mundo pra cortar os pulsos, fugir de casa, dar um tiro em alguém, entrar em depressão. Mas não. Ela até se considerava uma pessoa fraca e cheia de defeitos. Como Lucas Scott escreveu e pra mim, foi a melhor frase de seu livro "Brooke Davis vai mudar o mundo algum dia. E nem sei se ela sabe disso". Não sei se ela mudou o mundo, mas com certeza, ela me mudou e mudou muita gente. Foi a personagem que mais cresceu, que mais mudou, que mais me emocionou e que eu mais amo.
Peyton Sawyer. Mesmo sendo a protagonista da história, eu nunca gostei dela. Dá raiva só de lembrar dela. Dei graças a Deus quando ela saiu do programa. Nunca entendi como tanta gente gostava dela e como torciam para ela e o Lucas ficarem juntos no final. Uma das poucas coisas que eu gostava nela, era o fato de que ela desenhava. E também o fato dela gostar de música. Conheci várias bandas boas graças à ela. Mas eu odiava a personalidade dela. Me irritava tanto sofrimento. Odeio personagens sofredoras. Odeio pessoas sofredoras. E, diferente da Brooke que sofria, que levava porrada (até literalmente) da vida, mas lidava com tudo isso como uma mulher forte e capaz, a Peyton não... A Peyton sofria e sofria e fazia os outros personagens se compadecerem com a sua dor. A maneira como as duas lidavam com o sofrimento eram diferentes. Eu entendo que Peyton tinha motivos de sobra pra sofrer. Só acontecia desgraça na vida dela. Mas e aí? Aconteceu muita desgraça na vida da Brooke também e até mais. Mas a Peyton parecia gostar de não reagir. Enfim, já deu pra entender o quanto eu odiava a personagem.
Nathan Scott. Não era lá muito fã dele no inicio. Mas assim como a Brooke, ele cresceu muito no seriado. E todos sabemos que foi graças à Haley. A partir da sétima temporada, ele se tornou um dos meus preferidos. Ele era um exemplo de pai, irmão, amigo, filho e marido. No começo de One Tree Hill, Nathan era aquele cara que não presta, que você podia achar bonito, mas jamais namoraria por ser um cafajeste, afinal, ele era o capitão do time de basquete que namorava a líder de torcida Peyton Sawyer. Até ele se apaixonar pela nerd apagada da Haley e mudar, pois como ele mesmo disse em um episódio, que queria ser bom o suficiente para ela. Quem nunca viu pode achar que eles eram um casal clichê. O popular do colégio se apaixona pela nerd antissocial. Mas eles juntos eram tão perfeitos, que não tem como assistir OTH e não almejar um amor como o deles. Um amor que, ao meu ver, foi tão bem trabalhado, que deixou de ser clichê. Deixou de ser utópico. Por mais que pareça utópico, eles são um casal como muitos por aí, que se amam, mas que brigam, se desentendem. Nas quatro primeiras temporadas, a gente via um amor bem imaturo e intenso da parte deles, que chega realmente a ser utópico. Mas depois da quinta em diante, nós vemos as reais consequências que eles enfrentam por terem casado muito jovens, por terem tido filho cedo, problemas de trabalho, sonhos abandonados que afetam a relação... Ah, são inúmeras coisas que afetam a relação do casal, mas o mais lindo de tudo, é que eles sempre enfrentam os problemas juntos. Eles mostram que não precisa apenas de amor pra uma relação dar certo, mas de muitos outros fatores. E quando um desses fatores está "deficiente", é necessário que o casal tente resolver juntos e não como costuma acontecer de só a mulher ou só o homem tentar encontrar soluções pros problemas que são do casal!
Haley James. Como eu já falei muito sobre o Nathan e o que eu falaria sobre a Haley é praticamente igual ao que eu que eu falei dele, então vou falar de outros aspectos dela. Haley sempre foi uma personagem forte na série. Mesmo quando ela era a nerd e só tinha o Lucas como amigo, ela nunca se sentiu diminuída. Sempre amei a forma como ela enfrentava os problemas. Chorei junto com ela quando sua mãe morreu e vi o quanto ela tentava ser forte pelo filho e pelo marido. Outra coisa que eu admirava nela, era a forma como ela lidava com o Dan, o grande vilão da história. Ela não era tão rancorosa quanto Nathan e entendia que o filho deles gostava do avô. Haley tinha milhões de motivos para odiar o Dan, mas eu sempre via ela dando chances a ele. O jeito como ela lidava com o filho, eu sempre lembrava da forma como a minha mãe lida comigo. Enfim, ela e a Brooke, embora duas personagens bem diferentes, são muito especiais pra mim.
Dan Scott. O grande vilão da história. Pai do Nathan e do Lucas. Quando eu comecei a assistir, em pouco tempo, Dan se tornou o melhor vilão que eu já tinha visto. Nunca havia odiado tanto um vilão quanto o odiei. Eu o odiava tanto que chegava ao ponto de amá-lo. Eu gostava de todos os outros personagens, amava a Brooke, mas o Dan... Eu era louca por ele. Sempre tive uma queda por vilões, costumo achá-los mais interessantes, intensos e perfeitos que os protagonistas de uma história. E na época em que conheci o personagem Dan Scott, em pouco tempo ele se tornou meu preferido. Nas ultimas temporadas, ele tentando se redimir... Ele pode ter deixado de ser terrivelmente mau, mas eu não deixei de ser apaixonada pelo seu personagem. Aliás, o fato dele passar várias temporadas arrependido, tentando concertar as coisas com sua família, só o tornou ainda mais perfeito. Gosto de vilões maus. Mas gosto mais ainda quando eu vejo uma ponta de humanidade neles. Por isso Dan me fascinou tanto. Ele começou como um vilão, mas terminou como um herói. Não poderia ter sido mais perfeito. Obrigada, Mark Schwahn, por ter criado um dos meus vilões favoritos de todos os tempos.
Há outros personagens bem importantes na série, mas se eu fosse falar de todos, nunca terminaria esse post. Mouth é um dos personagens mais queridos e fofos da série. Skills também era fofo e cativante. Julian era o marido perfeito, o homem perfeito e a Brooke não poderia ter arranjado um par romântico melhor. Clay e Quinn ganharam destaque após a saída de Lucas e Peyton... Sinceramente, eles me agradaram bem mais do que o casal principal das primeiras temporadas. A Quinn não me irritava como a Peyton e o Clay... Ele conseguia ser quase tão perfeito quanto o Nathan, coisa que o Lucas, pra mim, nunca nem chegou perto. Por mais que eu goste do Lucas, a vida dele era ficar confuso entre quem ele amava. Eu sei que tinha que ser assim, pra história fluir e tal... Mas não quero nem saber, Nathan se tornou mais homem que seu irmão.
E é isso. O seriado dramático que mais me marcou, que mais me fez chorar, que mais me fez crescer.
Dizem que deixamos este mundo da mesma maneira que chegamos nele: nus e sozinhos! Então, se partimos sem nada, o que mede a vida? É definida pelas pessoas que escolhemos amar? Ou a vida é simplesmente medida por nossas conquistas? E se falharmos? Ou nunca amarmos de verdade? O que acontece? Será que podemos medí-la? Ou é o desespero silencioso da perda de uma vida que nos leva à loucura?
One Tree Hill